«Ao longo dos últimos meses, o governo [PS] adoptou, em diversos
momentos, medidas gravosas, visando a redução do défice orçamental, que
tiveram e têm consequências directas sobre o rendimento das pessoas e
das famílias, sobre a actividade das empresas e sobre o desempenho da
economia portuguesa como um todo. Sempre que tal aconteceu, o governo
garantiu, pela voz dos seus mais altos responsáveis nesta matéria - o
primeiro-ministro e o ministro das finanças - que as medidas em causa
eram as adequadas e suficientes para a realização dos objectivos
pretendidos em matéria de finanças públicas. Impor agora novos aumentos
de impostos, cortes nas pensões, no Serviço Nacional de Saúde ou na rede
escolar, confirma a estratégia do governo de transformar medidas de
emergência - que pelos sacrifícios que impõem aos cidadãos - apenas
devem ser assumidas em situações extraordinárias e de modo conjuntural.
(...) Ao agir dessa forma, o governo está também a evidenciar, perante o
país inteiro, quer a sua incapacidade para cumprir adequadamente aquela
que é a sua responsabilidade, quer o seu despudor em transferir para os
portugueses o custo dos seus sucessivos erros. Se estas medidas
adicionais são necessárias, é porque o governo não soube, ou não quis
fazer, aquilo que a ele - e só a ele - lhe compete.» (Pedro Passos Coelho, a 11 de Março de 2011)
Via Ladrões de Bicicleta
Sem comentários:
Enviar um comentário