terça-feira, setembro 04, 2012

A agenda do mérito: escolher a dedo e como se compram convicções


O recém nomeado José Silva Rodrigues, escolhido pelo governo para implementar a fusão entre a Carris (empresa que lidera à décadas) e o Metropolitano de Lisboa, numa entrevista ao Jornal de Negócios, em 11 de Agosto de 2011, referiu de forma veemente que "a fusão entre a Carris e o Metro é uma coisa sinistra", e que "seria absolutamente trágico fundir a Carris com o Metro". Mas com é certamente uma pessoa honrada e digna, aceitou o cargo (ver vídeo abaixo). 

Dizia ainda na mesma entrevista que tem "procurado, desde 2003, afastar a Carris do poder político". Esqueceu-se de referir que esteve em campanha pelo actual governo na última edição do sui generis do evento apelidado como «Compromisso Portugal».



Segue-se José António Figueiredo Almaça, nomeado para presidente do Instituto de Seguros de Portugal, sucedendo ao também social-democrata Fernando Nogueira. Acontece que José Almaça ficou célebre em 2005 por ter sido demitido da Universidade Autónoma de Lisboa por ter sido anunciado na comunicação social que este tinha favorecido o filho e outros familiares atribuindo notas elevadas quando nem sequer haviam comparecido nos exames. Como pode alguém com este perfil chefiar o regulador do sector segurador? Além de desonestidade, demonstrou que é incapaz de um comportamento irrepreensível e isento. Foi por isso que recebeu este prémio?


Nomeação polémica
Trata-se, segundo noticiou a SIC, de mais uma nomeação polémica. José Almaça terá estado envolvido num caso de favorecimento, em 2007, quando dava aulas ao filho na Universidade Autónoma de Lisboa.
In: Correio da Manhã


A nossa preocupação não é levar para o Governo amigos, colegas ou parentes, mas sim os mais competentes. Isto não é desconfiança sobre o partido, mas sim a confiança que o partido pode dar à sociedade”, disse Passos Coelho.
Passos [Coelho]: "(...) não quero ser primeiro-ministro para ser dono do país ou para dar emprego aos amigos. Quero libertar o Estado e a sociedade civil dos poderes partidários. Vai ser possível fazer jogo limpo, premiar o mérito e governar para todos os portugueses". Expresso
Eduardo Catroga: O programa do PSD fala num estado eficiente, sustentável. Vamos reduzir o Estado paralelo, promover serviço público, apostar nos recursos. Queremos dignificar os directores-gerais, espezinhados nos últimos anos pelos assessores. Queremos despartidarizar a FP. Os novos dirigentes da FP vão ter de passar por processos de certificação externa antes da escolha. E os actuais directores terão mandatos para as suas funções actuais. Os novos dirigentes da FP vão deixar de ser os amigos dos amigos. Jornal

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