terça-feira, setembro 04, 2012

Custe o que custar: Bancos não cumprem financiamento a PME

Os bancos, como consequência de actos de má gestão, encontraram-se descapitalizados. Eis que num grupo pretensamente ultra liberal vão socorrer-se - credo! - do apoio estatal, ou seja, com dinheiro de todos os contribuintes pagantes. São definidas condições para esse apoio, mas surpresa, o beneficiário não cumpre a sua parte e nem mostra qualquer interesse, e o Estado que tem obrigação de zelar pelos fundos estatais, tão escassos neste momento, finge-se de surdo. 

São cortados sumariamente os apoios às Famílias, a desempregados, a deficientes e a idosos. Alegam os governantes serem medidas moralizadoras e promotoras de justiça social.

A Banca beneficiou do apoio estatal, e não cumpre aquilo que está obrigada, tendo resultados devastadores na economia nacional. Até quando se vai tolerar isto? O Governo é conivente com este abuso. 


Bancos não cumprem financiamento a PME
Os bancos não estão a cumprir os planos de recapitalização assinados com o governo há dois meses no que respeita ao financiamento da economia, uma situação que está a ter efeitos devastadores na vida das PME.

Quando recorreram à ajuda estatal, o BCP, o BPI e também a CGD, noutros moldes, ficaram obrigados a investir este ano 45 milhões de euros em pequenas e médias empresas e nas famílias, mas o mecanismo para concretizar esse financiamento ainda não está operacional.

A Glasslook, Lda. é o exemplo de como podem ser brutais as consequências da asfixia financeira. A empresa, que exporta quase tudo o que produz, acabou de decidir fechar, com uma carteira de encomendas superior a 300 mil euros. São 18 pessoas que vão para o desemprego devido a problemas de tesouraria, depois de governo e bancos terem anunciado medidas que parecem não ter efeitos práticos.

A sócia gerente da Glasslook não sabe onde pára esse dinheiro. “Há bancos a aplicar spreads de 10%... O ministro da Economia disse que existe um gabinete de apoio e protecção às PME, mas quem é que sabe onde ele está? As linhas de financiamento são para esquecer e o QREN deixa de fora as empresas de Lisboa”.
In: Jornal I

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